Resenha: Liberta-me - Tahereh Mafi.

 ''Há Momentos Em Que É Preciso Decidir-se''

Sinopse: Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

 
Titulo: Liberta-me
Autora: Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Numero do Livro: Livro 2
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 448
Classificação: 2.5/5

Diferente de Estilhaça-me, Liberta-me me decepcionou um pouco (ou muito). Juliette finalmente conseguiu se livrar do Restabelecimento e de ser usada como uma arma de destruição, contra sua própria vontade. Mas isso não significa que ela finalmente pode ter o seu ''felizes para sempre'' ao lado de Adam. O livro já começa com Juliette e as lamentações sobre sua vida. Refugiada no Ponto Ômega, por duas semanas ela não fez nenhum esforço para adaptar-se ao seu novo lar e as pessoas que a cercam, ela se isola de tão forma que impedi que o leitor saiba como é o lugar e como tudo funciona.

Tahereh Mafi levou este livro a níveis extremos. Drama, sofrimento e tristeza são os cargos chefe desse livro.
Eu sempre ousei me identificar com a princesa, a que foge e encontra uma fada madrinha para transformá-la em uma linda garota com um belo futuro. Eu me agarro a algo como uma esperança uma serie de ''talvez'' e ''possivelmente'' e ''quem sabe''. No entanto, devia ter escutado meus pais quando disseram que coisas como eu não tem permissão para sonhar. É melhor destruir coisas como eu, foi o que minha mãe disse pra mim.
Os personagens centrais, tomaram rumos totalmente diferentes do primeiro livro, uma coisa que eu não gostei, foram as atitudes de Julliete. Sem falar de suas constantes indecisões. No começo e até compreensível o fato de ela querer se manter um pouco reclusa, afinal não deve ser fácil pra alguém que viveu tantos de anos isolada ter que conviver com completos estranhos da noite para o dia, mas chega em determinado momento que começa a ficar irritante.

O rumo que o relacionamento de Adam e Juliette tomou foi outra coisa que ficou bastante desfavorecida, por momentos o leitor realmente não sabe o que esperar ou pensar, e as dificuldades que a autora colocou deixam tudo ainda mais confuso. Adam decaiu bastante em meu conceito, ele está totalmente diferente do que conhecemos e deixou tudo ainda mais dramático e irritante. Enquanto Adam e Juliette lidam com seus dilemas particulares. Warner mostra seu lado bom e humano. - Por mais que eu ache que tenha ficado um pouco forçado - Mafi mostrou um outro lado de Warner, um lado que já havia sido explorado em Destrua-me, mas aqui ela tenta persuadir o leitor a não culpa-lo por suas atitudes. E por mais que o leitor goste dele, isso não convenceu muito afinal todos temos a escolha entre o que é certo e o que é  errado.

Kenji foi o único personagem que eu realmente senti que foi bem desenvolvido e estruturado. Ele possui um humor sarcástico e está sempre brincando, mas quando é pra falar sério ele sabe perfeitamente o que dizer. Ele foi um único que de certa forma mostrou a verdadeira realidade a Juliette, que se ela quisesse realmente ser feliz, teria que parar de pensar somente nela e dar um rumo novo a sua vida.

As cenas de ação foram sem dúvida a melhor parte do livro, a autora soube explorar bastante as habilidades de sua heroína. E como não podia faltar descobertas chocantes deixam o leitor estático. Liberta-me não é de todo mal, apesar de eu ter esperado muito mais, o livro até que tem lá algumas coisas boas.

Será que Juliette finalmente irá decidir-se? E o seu relacionamento com Adam voltará a ser como antes? E Warner, o que será dele? Essas e outras perguntas serão respondidas no próximo livro... assim eu espero.

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