Coluna: Por que livros são tão caros no Brasil?


Olá leitores, vim trazer mais uma coluna para vocês. E o assunto de hoje é bastante conhecido e questionado, por quem gosta de livros: Por que livros são tão caros no Brasil?

Com certeza você já foi em uma livraria ou em algum site nacional e ficou de boca aberta com o valor daquele livro, que há tempos já vinha desejando - acredite você não está sozinho. Se você der uma passeada por alguns sites internacionais como Amazon ou Book Depository, por exemplo, você vai notar que a diferença de preços é exorbitante, entre os livros vendidos lá fora e os vendidos aqui.
(crédito da imagem Leitora da Depressão)
Em média quando um livro entra em pré-venda em algum site aqui no Brasil, o preço está por volta de 29,90 até 39.90 R$. O custo do livro, deve-se principalmente ao problema da tiragem. Enquanto os outros países trabalham com tiragens médias de mais de 10.000 exemplares por edição, aqui no Brasil esse número fica na casa dos 2.000 exemplares . O mercado é pequeno, vende-se pouco, e elevar essa média é pedir para falir. Daí que, com edições reduzidas o custo por unidade sobe.
Outra coisa que ajuda no peço do livro é a questão da composição das páginas, máquinas, revisões, ilustrações, papeis e tradutores, tudo isso no Brasil sempre foi - e ainda é - muito caro. Ainda há a questão dos impostos, o Brasil tem um dos valores mais altos de impostos do mundo. Para se ter uma ideia, 40% do valor é puro imposto. E todo esse valor aumenta muito os preços, não só dos livros, mas de praticamente tudo.

O leitor, quando pode, é quem acaba pagando a conta. Veja, em porcentagens, para quem vai cada parcela do preço do livro, que você paga na livraria:
Papel:

Menos de 5%. Às vezes é transformado no vilão da história. O custo subiu depois do Real, o preço da tonelada de papel passou de cerca de 600 para 1.100 reais, mas não significa nem 5% do preço de um livro.
Editor:

Cerca de 25%. O editor fica com algo em torno de 25% do preço de capa. Esse valor paga os custos de funcionamento da editora, a tradução, revisão, paginação, compra de direitos autorais e o lucro.

Autor:

De 7% a 15%. Recebe em média 10% do preço de capa de um livro, mas essa porcentagem varia. O valor inclui todos os custos de seu trabalho. Na maioria dos casos, o autor não recebe adiantamentos.
Gráfica:

Cerca de 8%. O custo de impressão de um livro comum, sem ilustrações impressas em papel especial, é da ordem de 8% do preço de capa, sem incluir o preço do papel.

Distribuidor:

Cerca de 15%. A maior parte do preço de capa do livro fica na distribuição e venda. O distribuidor atacadista fica com 15%.

Livraria:

40%. A livraria fica com 40% do preço de capa do livro, em média - muita coisa, não?

Mas não é por que um livro custa ''os olhos da cara'' que o deixaremos de ler. Hoje em dia existem inúmeras formas de se conseguir um livro, opte por comprar em promoções (O Submarino é um ótimo site, onde sempre rola promoções), pesquise em sebos (super recomendo a Estante Virtual, que é um sebo on-line, onde as pessoas vendem seus livros usados, e por vezes em ótimo e excelente estado) e ainda existem os e-books

E você, acha que os preços dos livros são realmente, muito caro ou vale a pena dar um pouco mais por algum livro? Não deixe de comentar e até mais.

Fonte do percentual: Revista SUPER.

5 comentários:

  1. Realmente os livros são um absurdo de caro, mas fazer o que? Se eu quero muito ler o livro, não vou ficar esperando uma eternidade pra ver se abaixa o preço. Até que o livros estrangeiros sai mais em conta do que os nacionais, e o submarino ajuda muito com suas super promoções...rsrsrs

    http://yassuifortes.blogspot.com.br/

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  2. Olha, a gente sempre ouve muito falar de imposto, mas eu nem imaginava que os impostos nos livros eram tão caros! realmente, nos EUA é bem mais barato mesmo o dólar sendo mais caro. O pior é quando a gente espera um tempo pra ver se o preço do livro baixa, um tempo depois do lançamento, e ele vai e aumenta. Só as promoções do submarino na causa...

    http://as1001paginas.blogspot.com.br/

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  3. É um equívoco falar em imposto acerca dos livros. Art. 9°, inciso IV da Lei n° 5.172 de 25 de Outubro de 1996, diz que é vedado a União cobrar imposto sobre o papel destinado a fabricação de livros e jornais informativos e acadêmicos. Quem entende de tributação sabe que se é vedado a tributação no início do processo produtivo, esse mesmo tributo não será cobrado posteriormente. Poderíamos pensar que é cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), espécie de tributo estadual, no entanto, também não se pode cobrar ICMS sobre livros. Ou seja, acredito que o motivo pelo qual o livro é tão caro no Brasil devido justamente a cultura de leitura que os brasileiros não tem, o que diminui o consumo e aumenta os custos para os agentes econômicos que comercializam esse produto, como mostrado na coluna acima. Esse inciso na Lei existe no intuito de estimular a consumo dos livros, mas as editoras tomam esse inciso como um privilégio e se apropriam da alíquota que corresponderia aos tributos no intuito de ter um retorno mais satisfatório.

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  4. Penso que o valor dos livros é muito caro. Pagar 50 reais por um livro de 250 - 300 páginas é demais. Desse jeito as pessoas não se empenham em ler.

    Outra coisa também que vejo o que motiva isso é a demanda, como comentado no texto. No Brasil é feito poucas tiragens porque a leitura não é incentivada, e digo isso porque lembro que, na época da escola, os livros que 'incentivavam' a lermos era só Machado de Assis, Guimarães Rosa, etc..

    Não que não sejam excelentes autores. Mas a linguagem desses livros é muito "ruim", digamos, para uma criança/jovem querer gostar. Se incentivassem outros livros, como por exemplo, A Batalha do Apocalise (Eduardo Spohr), Perdido em Marte, A Cor da Escuridão (Natália Rodrigues), entre outros livros, o gosto literário se formaria mais cedo e certamente a geração de leitores seria maior.

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