Resenha: Delírio - Lauren Oliver.

''Amor, a mais mortal das coisas mortais: mata quando você tem e quando você não tem.''

Olá, querido leitor. Bem queria me desculpar, pois essa resenha já era pra ter saído a um tempinho atrás, esses dias estava um pouco atarefado por isso ela só está saindo agora. 

Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?


Titulo: Delírio
Autora: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Número do Livro: Livro 1
Ano de Lançamento: 2012
Número de páginas: 352
Classificação: 4/5 

Quando que poderíamos imaginar que o amor seria tratado como uma doença letal? Pois bem, é isso que Lauren Oliver nós mostrar no primeiro livro da trilogia distópica Delírio. As primeiras cinquenta páginas desse livro são realmente muito monótonas, é um livro bom isso não há como não negar. Mas, a história só começa ganhar um ritmo bom, quando a personagem central começa a fazer as coisas acontecerem.

O livro se passa na cidade de Portland, onde todo jovem assim que completa 18 anos é submetido a uma intervenção cirúrgica – oferecida pelo governo – para remover o amor deliria nervosa. E um desses tantos jovens é Lena Haloway, a mocinha do livro. Lena é uma garota simples que perdeu os pais quando pequena – sua mãe foi vitima do amor deliria nervosa e isso a assombra até os dias atuais, saber que as pessoas sabem que a doença foi parte de sua família, é simplesmente humilhante e vergonhoso para ela - e que vive com a tia Carol (que por sinal, é a personagem que eu mais peguei antipatia) e cujo maior sonho é passar pela intervenção o mais rápido possível.

Durante boa parte da vida ela se preparou para o dia da Avaliação, que é um exame onde será determinado com quem ela irá casar, após ser submetida á intervenção é claro, construir uma possível família e viver uma vida (vida essa, repleta de mentiras). A avaliação de Lena não sai a das melhores, como a de todos aqueles que foram marcadas para o mesmo dia que o dela, graças a uma ação dos Inválidos - seres humanos não reconhecidos pelo governo, que não aceitaram á cura e que vivem fora dos limites da cidade, que é conhecida como Selva. Os Inválidos são vistos mais como uma lenda do que algo real. Há algumas pessoas que acreditem em sua existência, outras não, e sempre que algo de ruim acontece na cidade que é associada a eles o governo sempre tenta mascarar a verdade de algum jeito.

Em um dia quando Lena está correndo com sua melhor amiga Hana (a minha personagem favorita) elas conhecem um rapaz chamado Alex. Ele parece ser o cara perfeito, universitário, empregado do governo e parece enxergar Lena de um jeito que ninguém nunca foi capaz de ver, mas ele esconde algumas verdades, que se Lena soubesse não seriam nem amigos, conforme a história avança e eles vão se conhecendo, Lena percebe que tudo o que ela mais temida se concretizou, ela se apaixona por ele, a doença corre por seu sangue. E conforme o dia da intervenção se aproxima ela fica dividida entre o amor e a cura. Entre o que ela realmente quer e o que a sociedade diz que é certo, mesmo que isso a faça infeliz para o resto da vida.

''É isso o que Hana não entende, nunca entendeu. Para alguns de nós, não se trará só do deliria. Alguns de nós, os mais sortudos, terão a chance de renascer: mais novos, mais frescos, melhores. Curados, inteiros, perfeitos novamente, como uma chapa tosca de ferro que sai do fogo candente, brilhante, afiada. É tudo o que quero tudo o que sempre quis – Essa é a promessa da cura.'' – Pag. 93.

Uma coisa que eu não gostei nesse livro, foi o fato da autora fazer a personagem principal muito passiva em relação a tudo. Eu há considero um pouco fraca, certinha demais, nunca desobedece a sua tia – porque ela acha que deve ser grata pelo resto da vida por tê-la acolhido. – e nunca tem coragem de expor o que ela realmente pensa, pois tem medo do que as pessoas vão pensar a respeito dela. E o que eu gostei no livro foi o final, foi um final de tirar o fôlego e estou muito ansioso para ler o segundo livro. Como ainda não tinha lido nenhum livro da Lauren Oliver, achei a escrita dela um pouco lírica, mas depois me acostumei e achei super legal. Recomendo muito o livro, pra você que gosta de romance, aventura e um pouco de ação.

Quote:
''Contarei mais um segredo, esse para o seu próprio bem. Você pode pensar que o passado tem algo a dizer. Pode pensar que deveria ouvi-lo, que deveria se esforçar para entender seus murmúrios, que deveria se inclinar ao máximo para escutar sua voz sussurrada se erguendo do chão, dos lugares mortos. Pode pensar que há algo ali para você, algo para ser entendido ou decifrado.

Mas eu sei a verdade: sei pelas noites da Frieza. Sei que o passado via arrasta-lo para trás e para baixo, fazendo com que você tente se agarrar aos sussurros do vento e aos ruídos das folhas das árvores batendo umas nas outras, tente decifrar algum código, tente consertar o que foi quebrado. Não tem jeito. O passado não passa de um fardo. Ele pesará dentro de você como uma pedra.'' – Pag. 142.

É isso pessoal, essa foi uma das resenhas que mais tive dificuldade em fazer, porque se eu colocar muita coisa acabarei dando spoilers e não gosto de fazer isso. Comentem, me digam se já leram o livro e o que acharam dele e é isso, até a próxima. 

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